Foto: Acervo do Grupo
APRESENTAÇÃO
Barrela, de Plínio Marcos, remete-nos a uma possível
catarse, talvez pela sua imensa carga dramática que possibilita a demonstração
da extensão dos sentimentos humanos. Existe em cada um de nós a retratação da
angústia e desolação provocada pelo claustro, trazendo-nos uma reflexão
profunda da nossa relação com a liberdade.
A violência
verbal extrapola a física, mesmo tendo-a sempre como base. Na verdade acontece
uma projeção do estado de espírito de cada preso, tentando a valorização da não
negação de si mesmo, já que não existe a esperança.
No jogo do vale-tudo, o forte, mesmo fraco,
pode sobressair-se e levar vantagem às custas dos mais fracos ainda. Isso é
taxativo e esperado. Mas como isso se dá? Exatamente dentro dessa estrutura
arquitetada com exímia perspicácia pelo autor, aonde as personagens vão, aos poucos,
colocando de fora as suas verdades. Existe um verdadeiro arsenal de objetivos,
sendo que as transições destes, quando um sobrepõe o outro, enriquecem
gradativamente o jogo cênico.
Produção e Realização: Grupo Corpos de Teatro Independente