sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sobre o Espetáculo "Barrela"


Foto: Acervo do Grupo
 
APRESENTAÇÃO

Barrela, de Plínio Marcos, remete-nos a uma possível catarse, talvez pela sua imensa carga dramática que possibilita a demonstração da extensão dos sentimentos humanos. Existe em cada um de nós a retratação da angústia e desolação provocada pelo claustro, trazendo-nos uma reflexão profunda da nossa relação com a liberdade.
A violência verbal extrapola a física, mesmo tendo-a sempre como base. Na verdade acontece uma projeção do estado de espírito de cada preso, tentando a valorização da não negação de si mesmo, já que não existe a esperança.
   No jogo do vale-tudo, o forte, mesmo fraco, pode sobressair-se e levar vantagem às custas dos mais fracos ainda. Isso é taxativo e esperado. Mas como isso se dá? Exatamente dentro dessa estrutura arquitetada com exímia perspicácia pelo autor, aonde as personagens vão, aos poucos, colocando de fora as suas verdades. Existe um verdadeiro arsenal de objetivos, sendo que as transições destes, quando um sobrepõe o outro, enriquecem gradativamente o jogo cênico.




Produção e Realização: Grupo Corpos de Teatro Independente